janeiro 31, 2006




Flora Figueiredo

Estou perdidamente emaranhada
Em seus fios de delícias e doçuras
Já não encontro o começo da meada
Não sei nem mesmo
Se há uma ponta de saída
Ou se a loucura
Vai num ritmo crescente
Até subjugar a minha vida

Não importa
Quero seus nós de seda
Cada vez mais cegos e apertados
A me costurar nas malhas e nos pêlos
Enquanto você me amarra
Permanece atado
Na própria trama redonda do novelo

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